Por Thiago Moreira
Seja pela imprensa escrita ou
falada, ano após ano, a mídia exerce um papel importantíssimo quando o assunto
é eleição. Eis que mais uma disputa nas urnas se aproxima. Este ano com uma
divisão imensa em torno de propostas e nomes que aí estão colocados.
Durante os últimos três anos,
jornais, rádios, blogs, levaram ao conhecimento público milhares de informações
diárias. Foram reportagens, opiniões, editoriais.
Nestas eleições a imprensa vai
ter um papel secundário como deve ser na maioria do tempo. Em alguns momentos, porém,
pode até assumir o protagonismo. Tudo depende do pragmatismo da disputa pelos
votos. Antes do processo eleitoral, contudo, foi criada, no imaginário público,
uma noção do que está acontecendo na cidade. Quais as conseqüências e
tendências. Naturalmente, coube, a cada ouvinte ou leitor, tirar suas próprias
conclusões. Formar sua prévia opinião.
Agora é diferente e muito mais
intenso. Pra valer. A atenção do público se volta, com ainda mais curiosidade,
para a mídia política. É o momento de escolher os candidatos.
À imprensa caberá a difícil tarefa de informar
e opinar dentro dos limites jurídicos (outro campo importantíssimo). Porém, não
pode omitir-se da criticidade que lhe é característica e necessária. Isso para
não lesar a população de uma escolha mais afinada com seus interesses.
Aos pré candidatos, caberá a tarefa de
entender como funciona o caminho midiático. Como se aproveitar ao máximo das
ferramentas comunicacionais disponíveis e legais. Os meios de comunicação
massificam, com rapidez impressionante, uma informação. Essa notícia ou opinião
pode ser favorável ou desfavorável. Depende da astúcia e, sobretudo, da
reputação de cada candidato.
Depois desses oito pra nove anos em
que atuo na imprensa política, se pudesse aconselhar um candidato diria: Não
adianta tratar mal, criticar, menosprezar jornalista antes das eleições e,
durante o processo, bajular. O repórter vai sempre lembrar como foi seu
tratamento anterior e, mais cedo, mais tarde, vai retribuir sua “gentileza”,
seja ela no sentido estrito da palavra ou não.
Da mesma forma, não adianta não
realizar suas promessas políticas e não cumpri-las. A imprensa dificilmente
coloca sua credibilidade em jogo para defender projetos fracassados. (Salvo
alguns casos em que apenas o dinheiro é o que importa).
Ao público cabe, também, a capacidade de
entender o contexto. Muitas vezes, o espetáculo aponta para um lado, quando, na
verdade, o que se configura pode ser bem diferente.
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