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02 abril, 2012

Apesar dos afagos, faltou algo


Agora é oficial. O PT não faz mais parte da aliança com o prefeito Gustavo Prandini. Foram meses de especulações, terminadas na última sexta-feira. Prandini não conseguiu 1|3 dos votos do diretório e o prazo passou. A ruptura fortalece a ideia de candidatura própria do PT. Prandini precisará se unir a algum partido forte se quiser tentar a reeleição.

A decisão teria sido motivada por sucessivos erros políticos, como falta de atendimento e atenção à ala do PT mais forte. O prefeito teria aberto as portas apenas para o lado que não representava risco para sua candidatura, a não ser, é claro, Gentil Bicalho.

Em termos práticos, o PT tenta desvencilhar sua imagem da má avaliação pública do governo Prandini. Tarefa das mais difíceis já que o partido tinha os melhores cargos do governo, tirando, lógico, o principal.

O prefeito, por sua vez, pode tentar um último suspiro com o PMDB, já que colecionou perdas de aliados durante a gestão, para dar mais espaço para, quem diria, o PT. Coligar com o PMDB pode ser a saída, já que Dorinha Machado deseja fazer parte de uma chapa para o Executivo, mas, como se sabe, Prandini seria a última e remota opção.

Com a parte política abalada, um governo sem índices relevantes de avanços, a cidade carente de administração, quem sabe seria a hora do prefeito abandonar sua obsessão de reeleger-se e, de fato, assumir o município. Uma boa pedida, seria observar atentamente a dívida da Prefeitura, sob pena de responder no futuro por, digamos, excessos que ultrapassam as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.  

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