Agora é oficial. O PT não faz mais
parte da aliança com o prefeito Gustavo Prandini. Foram meses de especulações,
terminadas na última sexta-feira. Prandini não conseguiu 1|3 dos votos do
diretório e o prazo passou. A ruptura fortalece a ideia de candidatura própria
do PT. Prandini precisará se unir a algum partido forte se quiser tentar a
reeleição.
A decisão teria sido motivada por sucessivos erros políticos, como falta de atendimento e atenção à ala do PT mais forte. O prefeito teria aberto as portas apenas para o lado que não representava risco para sua candidatura, a não ser, é claro, Gentil Bicalho.
Em termos práticos, o PT tenta desvencilhar
sua imagem da má avaliação pública do governo Prandini. Tarefa das mais
difíceis já que o partido tinha os melhores cargos do governo, tirando, lógico,
o principal.
O prefeito, por sua vez, pode tentar
um último suspiro com o PMDB, já que colecionou perdas de aliados durante a
gestão, para dar mais espaço para, quem diria, o PT. Coligar com o PMDB pode
ser a saída, já que Dorinha Machado deseja fazer parte de uma chapa para o
Executivo, mas, como se sabe, Prandini seria a última e remota opção.
Com a parte política abalada, um
governo sem índices relevantes de avanços, a cidade carente de administração, quem
sabe seria a hora do prefeito abandonar sua obsessão de reeleger-se e, de fato,
assumir o município. Uma boa pedida, seria observar atentamente a dívida da
Prefeitura, sob pena de responder no futuro por, digamos, excessos que
ultrapassam as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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