‘Como é doloroso ser petista’, um artigo de Mauro Pereira
MAURO PEREIRA
Realmente, a política é fascinante. Às vezes é despojada, até mesmo oferecida, e mostra-se por inteiro logo no primeiro olhar. Noutras, faz-se recatada e custa revelar-se. Normalmente nessas ocasiões quer-se pudica para esconder suas mazelas. Assim é o PT. Esbanjador para propagar obras que nunca foram realizadas e difundir as maravilhas de um Brasil que jamais existiu, mas nada generoso ao expor suas feridas e seus fracassos.
Aliás, na arte de disfarçar seus pecados os pupilos de Lula são peritos. Não pareceram constrangidos, por exemplo, quando argumentaram que o salário mínimo de R$ 560,00 oferecido pelo governo era mais benéfico aos trabalhadores do que os R$ 600,00 propostos pela oposição.
Sem ficarem ruborizados, culpam os beneficiários do Bolsa Família pelo caos dos aeroportos brasileiros, além de sustentarem que o governo só autorizou o aumento nos preços dos remédios convencido de que essa medida resultará numa estupenda retração nos preços dos medicamentos.
Há que considerar-se, ainda, a desenvoltura do ministro do Esporte que elegeu o atraso nas obras da Copa como ponto fundamental para que os prazos assumidos junto a FIFA sejam cumpridos.
Também merece atenção aquele outro ministro apelidado de aloprado pelo chefe que incorporou a fantasia de Diógenes contemporâneo, arrastando suas lamparinas pela escuridão que assola o governo, em busca de um homem de caráter no seio da companheirada. Com certeza haverá de encontrar, contudo, não antes de consumir alguns bons barris de querosene.
É no PAC, contudo, que se superaram, celebrando o fracasso do PAC 1 com a empulhação do PAC 2. As obras de transposição do Rio São Francisco confirmam que os ministros têm que trabalhar o dobro para produzir a metade. Também comprovam que o governo do PT tem que gastar o dobro para construir a metade. Coisas de profissionais.
Deve ser doloroso ser petista nos dias de hoje. Acredito até que alguns perdem o sono ao lembrarem os tempos das vacas magras, quando a sobrevivência na oposição demandava a mais impiedosa sabotagem disfarçada de criatividade. Como consolo, responsabilizam a má sorte pelo fato de o presidente Fernando Henrique, depois de oito anos de mandato, não lhes ter proporcionado sequer a oportunidade de acusá-lo de ter algum membro de sua família envolvido em negócios nebulosos.
A frustração petista se consolida ao terem à sua disposição o governo incompetente, corrupto e perdulário que sempre pediram a Deus quando assombravam seu antecessor. É visível o inconformismo que lhes corrói a alma ao sentirem na própria carne o manipular cínico e debochado do destino que lhes concedeu como única alternativa apenas aquela destinada aos medíocres: ver com os olhos e lamber com a testa.
Sem dúvida, ser petista não é tarefa para amadores.
Aécio discursa e é aplaudido de pé pela oposição, enquanto governistas esvaziam plenário
Senador mineiro diz que governo petista institucionalizou o improviso, com medidas paliativas a todo momento. Aécio afirma que país precisa de um projeto Nacional. Diz, que, de queda em queda de ministro, grande tempo do governo Dilma se perdeu. Ainda afirma que, queda após queda, foi revelado que a maioria dos ministros foram indicados por Lula. O senador por Minas Gerais foi interrompido seis vezes pela presidente da mesa, Marta Suplicy (PT). O grupo governista de senadores deixou o plenário para não ouvir discurso. Aécio foi aplaudido de pé pelos que ficaram.
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