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28 agosto, 2014

Uma nova agenda para os políticos

A maior eleição da história deste país reserva derrotas emblemáticas

Por Thiago Moreira

Essa é, talvez, a maior eleição que este país já viu. Começou com os protestos no início do ano, com as ruas cheias de milhares de pessoas. Passou pelo momento dos Black blocks, surfou pela Copa do Mundo e, agora, executa-se em campanha eleitoral.

A agenda proposta foi bem assimilada por uns e pouco por outros, que não entenderam o recado da população. Estados governados por anos por alguns partidos devem mudar de mãos. A presidência da República deve mudar de mãos. É o desapega geral.  A população brasileira se voltou contra aqueles que não a ouviu por anos. Parece que muitos resolveram acordar de uma hora para outra, como um surto e dizer: opa, quem manda no Brasil somos nós. Se vocês querem mesmo ter poder, nos ouçam. Não tenho dúvidas, essa eleição será marcada por uma série em cadeia de derrotas emblemáticas.


Os que sairão derrotados, ou arranhados, terão de se reinventar. Entender que não são donos de nada. Que são passageiros. Que dependem do próximo. Que trabalham para o próximo. Mais que isso, que a oportunidade de governar é uma dádiva. Uma oportunidade de fazer o bem. De ter uma atitude simples, mas que falta na maioria dos homens públicos, gratidão. 

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