A maior eleição da história deste país reserva derrotas emblemáticas
Por Thiago Moreira
Essa é, talvez, a maior eleição que este país já viu. Começou
com os protestos no início do ano, com as ruas cheias de milhares de pessoas.
Passou pelo momento dos Black blocks, surfou pela Copa do Mundo e, agora,
executa-se em campanha eleitoral.
A agenda proposta foi bem assimilada por uns e pouco por
outros, que não entenderam o recado da população. Estados governados por anos
por alguns partidos devem mudar de mãos. A presidência da República deve mudar
de mãos. É o desapega geral. A população
brasileira se voltou contra aqueles que não a ouviu por anos. Parece que muitos
resolveram acordar de uma hora para outra, como um surto e dizer: opa, quem
manda no Brasil somos nós. Se vocês querem mesmo ter poder, nos ouçam. Não
tenho dúvidas, essa eleição será marcada por uma série em cadeia de derrotas
emblemáticas.
Os que sairão derrotados, ou arranhados, terão de se
reinventar. Entender que não são donos de nada. Que são passageiros. Que
dependem do próximo. Que trabalham para o próximo. Mais que isso, que a
oportunidade de governar é uma dádiva. Uma oportunidade de fazer o bem. De ter
uma atitude simples, mas que falta na maioria dos homens públicos, gratidão.
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