Diz o lugar comum que mineiro é desconfiado por natureza.
Ainda mais quando se trata de política; mais ainda no interior. Leio hoje nas
páginas do jornal A Noticia dois questionamentos de seu presidente, Márcio
Passos, daqueles bem à moda mineira.
Se referindo ao novo assessor de Governo, Tadeu Figueiredo,
Márcio Passos questiona por que um
petista do mais alto gabarito (segundo o próprio PT) que não tinha nenhum
vínculo com Monlevade, teria aceitado vir para o município para receber um
salário que, com descontos, gira em torno de R$ 4 mil. (Valor bem abaixo do mercado, pago a executivos gabaritados como dizem ser o novo assessor).
Márcio também questiona uma frase do prefeito Gustavo
Prandini que, ao justificar o que havia
levado à exoneração do antigo assessor, Emerson Duarte, disse que Emerson tinha
feito um trabalho excelente à frente da assessoria de Governo. Passos questiona
o seguinte: se Emerson fez um bom trabalho, por que, ora bolas, ele perdeu o
cargo.
Vai mais longe o jornalista. Sobre a greve, Márcio questiona
a ligação de membros que hoje estão à frente da manifestação, mas que defendem
o governo com unhas e dentes. Um dos casos mais caricatos é da vereadora
Dulcineia Caldeira, do PT, que se diz constrangida devido a vereança, o apoio ao governo
Prandini e o fato de ser servidora. Como vereadora, Dulcineia aprovou o
orçamento para este ano; votou a favor
do veto ao décimo quarto salário para os profissionais da Educação, e aprovou,
no início do governo, o valor de reajuste de míseros 3,5% para o funcionalismo. Como servidora, ela defende a greve.
Mais, em 47 anos de Monlevade, é a segunda greve que
acontece no município. Todas as duas em governos do PT ou com o PT no governo.
Uma com Leonardo Diniz, (PT), pai do atual vereador Belmar Diniz, do PT. A outra agora, com
Prandini (PV) e Bastieri, (PT), ex militante grevista e que, agora, entra na Justiça
contra greve. E patrão de Luiz Pena, do PT e Luiz Cláudio do Patrocínio, também do PT, outros dois
ex grevistas que agora servem de tropa de choque para estancar a greve. E, por
último, logicamente, o prefeito Gustavo Prandini, que, enquanto advogado do
Sindicato, defendia um aumento salarial de, no mínimo, 30%, o que ele parece
ter confundido com 30 reais, o que, representaria, um saldo percentual negativo
no contracheque dos servidores.
Como disse Márcio Passos, tudo confuso, difícil de entender.
Aliás, não, é fácil de entender, difícil de explicar...
Aliás, não, é fácil de entender, difícil de explicar...
Um comentário:
Caro Thiago, para entender menos ainda,surge o secretário de Educação dizendo que não pode implementar, conforme a Lei Municipal 920 que rege a estrutura nos níveis de carreira dos professores o Piso Salarial Nacional do Magistério(e confirmado pelo Supremo),porque essa Lei Municipal caducou. O estranho (ou conveniente por hora)é que só agora, após dois anos e meio de Secretaria, ele percebeu a caduquice da Lei. E como se não bastasse tudo isso,ainda criou uma estrutura de níveis contemplando o bacharelado para atuar em sala de aula, excepcionalmente, é claro, em detrimento de uma Licenciatura que mesmo curta,atende às últimas séries do 1º grau e usa como justificava a Lei 93-94/96 que exige a Licenciatura Plena para atuar em sala no ensino básico, mas que em momento algum essa lei orienta ignorar ou anular esse nível de estudo nessa modalidade. Prova disso é a estrutura de carreira atual do Estado, quer seja no subsídio ou mesmo no vencimento básico, diferente da ideia do nosso secretário, contempla a Licenciatura curta e dispensa o bacharelado por nao ser uma modalidade de ensino com preparação para atuar em sala.Esse é o nosso secretário de Educação com formação em nível de mestrado em Educação e com disssertação defendida em Cuba. (Talvez seja por isso)
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