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29 agosto, 2011

As entrelinhas do encontro tucano


O encontro do PSDB em João Monlevade não foi apenas um aglomerado de lideranças partidárias tentando fazer barulho, como de costume da maioria dos partidos brasileiros. Ele possui leituras explícitas e implícitas importantes. Olhando o lado externo, fica evidente a intenção de união em torno do nome de Aécio Neves para presidência da República e o apoio irrestrito ao governador Anastasia.


Quando o assunto é local, o PSDB passa por uma renovação. Com o deputado Mauri Torres se afastando de vez da vida política, em função do seu novo cargo de conselheiro do Estado, assumem o protagonismo do partido (publicamente) o ex prefeito Carlos Moreira, nome popular e carismático da política monlevadense e aparece uma nova liderança, o advogado e pós graduado em Ciências Políticas,Teófilo Torres, filho do deputado Mauri Torres, que assume a presidência do partido.

Carlos Moreira doa seu legado político e fecha, de vez, com o grupo de Danilo de Castro, após anos de namoro com o grupo de Walfrido dos Mares Guia e um respeito indelével entre as partes. No caso de Teófilo, nasce a possibilidade de um novo nome para o grupo, também carismático e ligado à vida pública desde cedo.
Nos próximos dias, novas lideranças e nomes populares podem se unir ao PSDB e partidos fortes negociam uma possível aliança visando as eleições do ano que vem. Trata-se de um primeiro passo organizado para vencer o pleito que se anuncia.

Cabe ao partido, agora, integrar sua base e discurso. Para vencer, precisa demonstrar como pode fazer melhor do que aí está, dar a tão falada esperança ao eleitor. E isso se faz com grupo, comunicação e com dois órgãos do corpo humano muitas vezes desprezados pelos políticos: os ouvidos.  

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