O encontro do PSDB em João Monlevade não foi apenas um
aglomerado de lideranças partidárias tentando fazer barulho, como de costume da maioria dos partidos brasileiros.
Ele possui leituras explícitas e implícitas importantes. Olhando o lado externo, fica
evidente a intenção de união em torno do nome de Aécio Neves para presidência
da República e o apoio irrestrito ao governador Anastasia.
Quando o assunto é local, o PSDB passa por uma renovação.
Com o deputado Mauri Torres se afastando de vez da vida política, em função do
seu novo cargo de conselheiro do Estado, assumem o protagonismo do partido (publicamente) o ex
prefeito Carlos Moreira, nome popular e carismático da política monlevadense e
aparece uma nova liderança, o advogado e pós graduado em Ciências Políticas,Teófilo
Torres, filho do deputado Mauri Torres, que assume a presidência do partido.
Carlos Moreira doa seu legado político e fecha, de vez, com
o grupo de Danilo de Castro, após anos de namoro com o grupo de Walfrido dos
Mares Guia e um respeito indelével entre as partes. No caso de Teófilo, nasce a
possibilidade de um novo nome para o grupo, também carismático e ligado à vida
pública desde cedo.
Nos próximos dias, novas lideranças e nomes populares podem se unir ao PSDB e
partidos fortes negociam uma possível aliança visando as eleições do ano que
vem. Trata-se de um primeiro passo organizado para vencer o pleito que se
anuncia.
Cabe ao partido, agora, integrar sua base e discurso. Para
vencer, precisa demonstrar como pode fazer melhor do que aí está, dar a tão
falada esperança ao eleitor. E isso se faz com grupo, comunicação e com dois órgãos
do corpo humano muitas vezes desprezados pelos políticos: os ouvidos.
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