“Professores não foram valorizados como deveriam”
Em entrevista à Rádio Cultura, o
médico e segundo colocado nas últimas eleições por uma diferença de 1% dos
votos, Railton Franklin (PDT) disse que faltou jogo de cintura do prefeito
Gustavo Prandini (PV) para lidar com a greve dos professores, que durou mais de
dois meses. Ele disse que os professores não foram valorizados. “Engoliram um
aumento que não condiz com o valor que esses profissionais têm”, disse Railton,
que prosseguiu. “Da maneira que eles foram tratados pelo prefeito, voltaram às
salas de forma heróica para não prejudicar os alunos e pais. Faltou
sensibilidade da administração para valorizar a classe”, afirmou o médico
“É inadmissível usar dinheiro do DAE para tapar rombo na Prefeitura”
Doutor Railton afirmou que a
utilização de dinheiro do DAE pela Prefeitura para contrapartida de obra na ETE
é “inadmissível e serve para tampar rombo da Prefeitura”. Segundo ele, a
utilização do dinheiro é sinônimo de “desorganização e falta de previsão, é a
cara do governo (Prandini)”.
“O dinheiro público tem de ser muito bem aproveitado”
O médico afirma que o excesso de
funcionários de confiança e as gratificações emperram o governo. “Precisamos
diminuir as despesas para melhorar o caixa da Prefeitura. O que penso é em
pessoas bem intencionadas com uma máquina enxuta. Pessoas que vistam a camisa.
Metade do número de servidores comissionados já seria suficiente com pessoas
bem intencionadas”.
“Medicina primária deve ser melhorada para diminuir fluxo no P.A e HM”
“Converso com clínicos do P.A e
eles afirmam que 70% dos casos que chegam não precisam ser atendidos no Pronto
Atendimento. Eles poderiam ser atendidos antes nos postos de saúde”, afirmou
doutor Railton sobre a necessidade de melhorar a medicina primária na cidade.
Ele diz que isso melhoraria a saúde e o atendimento no P.A. e no Hospital
Margarida.
“Precisamos administrar com prioridades”
“Falta prioridade e gerenciamento”,
afirma Railton em crítica ao projeto Internet gratuita, que custou R$ 1,5
milhão aos cofres públicos e consome valor mensal de manutenção. “Acho que a
prioridade deveria ser os professores, as ruas esburacadas, falta de água e
esse dinheiro está faltando nos postos”, disse.
Sobre a possibilidade de se candidatar
Depende do grupo. “Sou uma pessoa
responsável no que falo e penso. Assumo o que eu falo. Não sou de ficar
alardeando. Candidatura é de grupo. Serei candidato se tiver apoio de consenso
de um grupo. Sozinho você não vai a lugar nenhum. Pode ser de um grupo que eu
sentir firmeza e confiança como nas últimas eleições”.
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