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02 agosto, 2011

E a greve, continua


Os professores decidiram ontem. Continuam em greve. O assunto foi acordado em Assembléia, por ampla maioria. A decisão atinge em cheio a estratégia da Prefeitura. Como num jogo, assessores e o próprio prefeito apostavam que os professores voltariam às salas de aula no último dia primeiro, mesmo sem conceder o aumento ou negociar alguma proposta melhor do que a apresentada até o momento.


Nas últimas semanas, nada mais do que pressão foi feita em cima de professores contratados. Que são aqueles profissionais que têm vínculo com a Prefeitura não por concurso, mas por indicação.  Acontece que a ação do governo fracassou e a greve continua.

Apesar disso, ontem, um desenho foi traçado e uma nova contraproposta apresentada pela classe pode resolver o impasse. Cabe à Prefeitura, agora, analisar.

Também ontem, vereadores que investigam denúncia de desvio da verba do Fundeb, disseram que o dinheiro do fundo não seria suficiente para cobrir os aumentos. A fala dos vereadores, porém, não bate com declaração recente do secretário da Educação, Frabrício Brandão, que afirmou que 94% da verba do Fundeb é usada para pagamento de profissionais e 6% são investidos em outras modalidades.

De certa forma, pelo que se vê, os professores não abrem mão de seus benefícios e a Prefeitura se vê de mãos atatadas por enfrentar uma máquina inchada que ela mesma criou. Nessa queda de braço, sobra para o lado mais fraco. O dos alunos. Que nada mais podem fazer do que cobrar, do governo e do sindicato, uma solução.

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