Os professores decidiram ontem. Continuam em greve. O
assunto foi acordado em Assembléia, por ampla maioria. A decisão atinge em
cheio a estratégia da Prefeitura. Como num jogo, assessores e o próprio
prefeito apostavam que os professores voltariam às salas de aula no último dia
primeiro, mesmo sem conceder o aumento ou negociar alguma proposta melhor do
que a apresentada até o momento.
Nas últimas semanas, nada mais do que pressão foi feita em
cima de professores contratados. Que são aqueles profissionais que têm vínculo
com a Prefeitura não por concurso, mas por indicação. Acontece que a ação do governo fracassou e a
greve continua.
Apesar disso, ontem, um desenho foi traçado e uma nova
contraproposta apresentada pela classe pode resolver o impasse. Cabe à
Prefeitura, agora, analisar.
Também ontem, vereadores que investigam denúncia de desvio
da verba do Fundeb, disseram que o dinheiro do fundo não seria suficiente para
cobrir os aumentos. A fala dos vereadores, porém, não bate com declaração recente
do secretário da Educação, Frabrício Brandão, que afirmou que 94% da verba do
Fundeb é usada para pagamento de profissionais e 6% são investidos em outras
modalidades.
De certa forma, pelo que se vê, os professores não abrem mão
de seus benefícios e a Prefeitura se vê de mãos atatadas por enfrentar uma
máquina inchada que ela mesma criou. Nessa queda de braço, sobra para o lado mais fraco.
O dos alunos. Que nada mais podem fazer do que cobrar, do governo e do
sindicato, uma solução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário