À espreita, partido
assiste, com astúcia, à derrocada do prefeito
Como orcas, o PT monlevadense
assiste a queda iminente do prefeito de João Monlevade que parece se encurralar
sem perceber. Explico a escolha das orcas. Elas são predadoras natas que sabem
caçar com astúcia. Quando uma foca se afasta do seu grupo e fica à deriva em
cima de uma peça desprendida de gelo, as orcas cercam-na. Em seguida, mergulham
e fingem que foram embora. A presa toma confiança e se joga na água. O bote é
certeiro, a morte, iminente.
Analogamente podemos constatar a similaridade
entre o comportamento do mundo animal com a política selvagem de nossa cidade.
Resguardadas as diferenças óbvias de inteligência e racionalidade, o PT parece
se comportar, no momento, como orcas e o prefeito como uma foca desprendida de
seus semelhantes e à deriva.
Não é difícil perceber a
semelhança. O partido do prefeito, o PV, foi dividido e praticamente não existe
mais em termos de poderio político. Alguns membros saíram por divergências,
outros atraídos por mais chances de eleição em outras legendas e muitos por
erros de estratégia do próprio prefeito. Resultado: o prefeito ficou à deriva,
sozinho, como uma foca indefesa.
Seu partido praticamente não
existe mais e sua saída é tentar se juntar aos petistas. Ficou extremamente
dependente. Acontece que o cálculo é perigoso. Se for para o PT, primeiro, o
prefeito terá que enfrentar a possibilidade de perder o mandato, que pertence
ao PV. Segundo, vai ter que convencer os petistas de que é a melhor via para as
próximas eleições na convenção do partido. Tarefa dificílima como se sabe já
que outros nomes pleiteiam a indicação. Digo isso porque as orcas mais velhas
do PT, normalmente líderes, não estão nada bem com o pevista.
Momentaneamente, o prefeito está
cercado pelos petistas, que conseguiram, após intenso esforço, afastar o grupo dele
da Prefeitura e tomar para eles os principais cargos. Está seguro, por enquanto,
pela sua peça de gelo, ou seja, os cargos que ofereceu para eles.
Petistas estes que fingem que não
existem e não tramam nada. Como orcas mergulharam. Ganharam a confiança do
prefeito que, dentro de pouco tempo, deve pular na água.
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