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05 setembro, 2011

Uma utopia sobre a representatividade popular


Está em curso na Câmara de Monlevade mais um projeto demagogo. Apresentado pelo vereador Belmar, mas com apoio de ampla maioria dos vereadores, uma emenda visa extinguir as cinco novas vagas de vereador criadas pela própria Câmara e pelos mesmos vereadores que agora querem mudar o que já haviam mudado.
Tal emenda proibiria que cinco novos vereadores ocupem cadeira do Legislativo no ano que vem, mantendo a Câmara com 10 parlamentares e não 15. 

Câmara popular, utopia

Olha, quando o assunto é reduzido ao número de vagas, sempre vem à nossa cabeça a ideia de que quanto menos vereador melhor. Mas isso não é verdade. Quanto mais vereadores melhor. Aliás, o ideal seria que, além de uma ampla Câmara de vereadores, fosse criada a Câmara popular. Essa Câmara deveria ter cerca de 200 voluntários, de diversos setores da sociedade, especialistas em áreas como finanças, impostos, ciências, administração. Pessoas que representariam o povo e teriam o direito de vetar projetos  aprovados pela Câmara de vereadores que vão ao desencontro do desejo popular. Seriam duas Câmaras, uma formada apenas por políticos, outra pela população, como acontece em países desenvolvidos como a Inglaterra, por exemplo. Claro, isso é apenas uma utopia, mas, seria bom se nossos vereadores conseguissem enxergar, nem por um lapso de altruísmo momentâneo, que quanto maior a representatividade, melhor o poder Legislativo e melhor é a administração do Executivo. Melhor o "emprego" deles e mais fortes eles ficam.

Modelo falido

O modelo de 10 vereadores em Monlevade se mostrou falido desde que foi criado. Não deu certo na gestão Carlos Moreira e não está dando certo na gestão Gustavo Prandini. É por isso, que espera-se da Câmara bom senso sobre a matéria. Apesar do discurso de que o povo quer 10 vereadores e não 15, a grande verdade é que os vereadores que estão na Câmara agora estão com medo de seus cabos eleitorais candidatarem e vencerem as eleições com o aumento das vagas, tomando-lhes os mandatos. As vezes, na política, é bom esquecer que só existe o próprio umbigo.  

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