A um ano das eleições, governo Prandini ainda não tem marca. Permanência no PV dá suspiro ao prefeito
Charge ilustrativa, publicada pelo blog PUM DEMONIO
Ficar no PV ou mudar para o PT. Esse pensamento povoou o
intelecto do prefeito de Monlevade por dias. Nesse período, ele abriu mão de
secretarias para os petistas, demitiu antigos aliados, tentou reformular seu
grupo acreditando que o problema estava na equipe.
É aí que mora o perigo: não está. Está, sim, na liderança,
ou na falta dela.
Quase sempre quando uma organização, seja ela privada ou
pública, não está dando resultado positivo, a responsabilidade é do gestor.
Melhor dizendo, se as coisas não estão indo bem na Prefeitura não é por causa
de José, Maria, Djalma, Emerson, Contrapino. É por causa de Gustavo Prandini.
Não adianta nada trazer petistas desempregados de outras
cidades achando que isso vai “melhorar a administração”, como disse ontem o prefeito,
em entrevista coletiva, justificando a contratação de membros do PT de outras
cidades, que estavam encostados em seus municípios. Eles não vão resolver se o
prefeito não tiver uma ideia clara de como administrar a cidade. Uma noção do
caminho que deve ser seguido. Quais metas devem ser atingidas. Como fazer isso
acontecer.
O que acompanhamos até agora foi um empurrar com a barriga e
um festival de gente batendo cabeça. O governo Prandini não tem identidade. Não
tem uma marca positiva em nenhum setor. Não deixa legado.
Apesar de todos esses erros, pontualmente, o prefeito
acertou ao permanecer no PV e não ir para o PT.
Prandini batalhou por oito anos
para formar um grupo político em seu nanico partido. Criou, venceu as eleições
e ganhou projeção. Já com dois anos de governo ele simplesmente corroeu o grupo
que ele mesmo havia criado. Demitiu aliados, brigou com a maioria deles,
conseguiu a antipatia da imprensa, viu seu partido perder filiados aos montes
e, para completar, sua credibilidade como capaz de administrar a cidade foi
abalada, como demonstraram todas as pesquisas de opinião divulgadas até agora.
Após tudo isso, Prandini planejou entrar para o PT, onde, creio, seria engolido
e decretaria o fim absoluto de sua carreira política. Nessa ele acertou.
Permanecer no PV foi, talvez, a melhor coisa que ele fez até agora.
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