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04 outubro, 2011

Vamos acabar cozidos


Quando um sapo é colocado em uma panela com água morna sobre um fogão e você acende o fogo e começa a ferver aos poucos, ele não tenta pular e sair dali. Cozinha sem ao menos perceber o que está acontecendo.  É mais ou menos isso o que está acontecendo com os seres humanos, com uma diferença. Nós mesmos estamos acendendo o fogo. Monlevade está queimando, assim como o Brasil está em chamas.

Quem subiu o bairro Satélite ontem pôde constatar uma desoladora realidade. De um lado, pasto queimado. Do outro, apenas algumas poucas árvores sobre um piso negro, cinzento. Mais à direita, o fogo tomava conta de outra montanha. E, ao norte, se avista o que antes era uma montanha, agora escavada pela mineração.

Triste é constatar que a razão cedeu para a ignorância. Uma parte é desenvolvimento, outra é pura burrice. Colocar fogo é jogar contra você mesmo. Algumas pessoas têm a falsa impressão de que queimar o pasto melhora a produtividade. Normalmente, aprenderam isso com seus pais. Isso não existe. É um mito popular impreciso e pesquisas já provaram que queimar pasto piora a produção no médio prazo.

Outros queimam por prazer.  Acham bonito ver o fogo subindo, matando animais, poluindo o ar, causando problemas respiratórios em crianças e idosos. Realmente o homem, as vezes, se comporta como um câncer. Aliás, pior, porque é dotado de inteligência.

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