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05 janeiro, 2012

Relação voto-asfalto


Nunca se teve tamanho otimismo inerente à relação voto-asfalto, como neste governo. Isso ficou claro na entrevista coletiva de ontem, concedida pelo prefeito, acompanhada pelo jornalismo da Rádio Cultura. É como se asfaltar ruas fosse tapar todos os erros e problemas causados durante três anos, de uma administração, no mínimo, questionável, para ser igualmente otimista.

O asfalto é tratado pelo governo como a coisa mais importante para a vida das pessoas e os assessores parecem acreditar, cegamente, que ele vai salvar o pescoço do prefeito e garantir mais quatro anos de governo Prandini.

Na entrevista de ontem, o recado parecia claro. O governo Prandini tenta vender a imagem de que: tampando as ruas com asfalto, o povo vai esquecer que a saúde não funcionou. Que o hospital Margarida não recebeu em dia o repasse e teve, durante anos, o serviço comprometido. Que as viagens pelo ônibus da saúde não foram ampliadas. Que a Educação recebeu investimento mínimo. Que os servidores públicos perderam poder de compra nos últimos anos. Que o esporte praticamente não existiu. Que o município não tem mais área de cavalgada. Que o município nunca esteve tão endividado. Que as promessas das eleições passadas não foram cumpridas. E tantas coisas mais.

É, para o governo que aí está, o asfalto parece ser algo mágico, tão valioso quanto ouro. É mais ou menos assim. O que importa é asfalto, o restante, a, o restante, deixa pra lá que o povo engole.

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