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04 abril, 2012

A morte de Prandini

Não tenho a pretensão de anunciar a morte de alguém que ainda está vivo. Muito menos de ferir direitos personalíssimos de qualquer pessoa. Não. Nada disso. Apenas me refiro no título deste pequeno texto, à probabilidade de morte política do prefeito de João Monlevade.

Como de costume, escrevo sobre o cargo, não sobre a pessoa. E é isso que está acontecendo depois da ruptura com o PT, principal partido sustentador de sua base. Têm pessoas que pensam de forma diferente. Respeito tais ideias. Mas, penso que a ruptura significa muito mais que um partido a menos na coligação. Note-se que tudo acontece em um momento crítico, com a proximidade das eleições.

Minha percepção sobre o tema é baseada nas seguintes considerações:

Só existe vida, porque existe a morte; só existe saúde, porque existe doença; só existe PT, porque existe PSDB; só existem democratas, porque existem republicanos; só existe Cruzeiro, porque existe Atlético. A política Prandinista, para mim, deixou de existir após tal acontecimento (ruptura com o PT). Sem o PT não vale mais a pena fazer oposição a ele. Não existe mais a antítese da tese Prandinista. É a morte declarada de um modelo político.

Claro, como em qualquer outro setor, qualquer político tem novas oportunidades. Sua juventude ainda o permite levantar e se recuperar. Seu modelo não. Torço para que isso aconteça e para que, de fato, entenda que política se faz de uma forma bem diferente da proposta por ele e seus pares. (Ou seu par, como preferir). Por ora, permaneço com a clarividente ideia de que, politicamente, o PT decretou sua morte. Prematura, a de se constar.

2 comentários:

Caio Fernando disse...

Thiago,
parabéns pelo blog e pelos artigos sempre muito bem fundamentados. Por comungar com os ideáis do seu blog, acabo de colocá - lo na lista de recomendações do Visão Geral (minhavisaogeral.blogspot.com)
Grande abraço e sucesso sempre.

Thiago Moreira Gonçalves disse...

Obrigado Caio.