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21 junho, 2012

Coligações para prefeito em Monlevade


O empresário, proprietário da Farmácia Barros e diretor do conselho administrativo da Credimepi, da Funcec Doctum e Acimon, e ex provedor do hospital Margarida, Lucien Marques, resolveu colocar seu nome à disposição do povo de João Monlevade. Se conseguir apoio da população, ele vai administrar a cidade nos próximos quatro anos, depois da era Gustavo Prandini e PT no poder. Na última quinta-feira, Lucien e doutor Railton (PDT) selaram a chapa que visaria realizar um governo de coalizão, com união de partidos e pessoas.

Lucien é, talvez, a novidade destas eleições. Fora da concorrência de cargos eletivos ou públicos até então, diferente da maioria dos demais pré candidatos, ele surge com o perfil de um empreendedor de sucesso. A expectativa é grande já que Lucien demonstrou ser capaz de liderar equipes e de superar crises difíceis por onde passou. A dúvida é se ele será tão eficiente na administração pública.

Lucien seguirá sua campanha com apoio do governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia e do senador Aécio Neves, além do ex prefeito Carlos Moreira e de Teófilo Torres, presidente do PSDB local e filho do ex deputado Mauri Torres que não pode mais pedir votos publicamente por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Além de Lucien Marques, velhos e fortes nomes já conhecidos da política local pretendem disputar as eleições. Como Conceição Winter, que pode ter apoio do ex governador Newton Cardoso. Conceição Winter (PPS) também é outra que quer governar a cidade e pode contar com uma dobradinha que dê trabalho aos demais concorrentes.

Ela poderia se unir a um grupo liderado por Machadão, que tenta aglutinar várias lideranças. Machadão tenta liderar Delci Couto, Conceição Winter e Dorinha Machado. Se conseguir, serão nomes que podem dar muito trabalho.

 Gentil Bicalho, que foi secretário de Gustavo Prandini e tem apoio do PT. Neste caso, a chapa pode ser puro sangue, com Laércio Ribeiro de vice. O PT argumenta que só aceitaria ser cabeça de chapa já que o motivo de seu rompimento com o PV de Prandini no final do mandato teria sido, segundo o partido, por não concordar em ser vice. O PT, dessa forma, tentará descolar sua imagem do Governo Prandini.

A tentativa, porém, passa por algumas incoerências que ainda precisam de remédio. Por exemplo, o vice de Prandini é um histórico petista, Wilson Bastieri, que não concorda com o rompimento. Além disso, vários petistas continuam trabalhando na Prefeitura, no Governo de Gustavo Prandini.

O município precisa, urgentemente, de boa gestão. Tornou-se necessário e emergente traçar novos rumos administrativos, lidar com a crise financeira e a dívida da Prefeitura com entusiasmo e retomar o crescimento da cidade.

Inclusão social, digital e acessibilidade


Se tem um assunto que merece atenção dos candidatos a prefeito nas próximas eleições é a inclusão. Na campanha anterior acompanhamos promessas de obras faraônicas que, muitas vezes, o orçamento do município de Monlevade não seria capaz de bancar, como ficou provado agora, com mais um governo terminando.

Assuntos, porém, que deveriam ter norteado a discussão pública foram deixados para segundo plano. Um deles é a inclusão. Neste aspecto, temos a inclusão social. Dezenas de famílias em Monlevade ainda vivem em pobreza crônica, com problemas estruturais e necessidade de melhoria na qualidade de vida e oportunidade.

O mesmo acontece com o os portadores de necessidades especiais. A cidade ainda precisa ser melhor adequada e o preconceito deve ser deixado de lado para que essas pessoas possam ser inseridas no mercado de trabalho e possam viver com o mínimo de dignidade.

Por fim a inclusão digital deve ser tema do próximo governo. Não com projetos que não funcionam, mas com a efetividade emergente que o tema requer.


O início, o fim e o meio

Terminadas as convenções partidárias e as coligações começará, de fato, a campanha eleitoral. Para vereador a fórmula é prática e simples. Desde já gastar sola de sapato. Para prefeito a coisa muda de figura. Antes da campanha começar, ficar zanzando pela cidade afoito à procura de votos tem pouca ou nenhuma efetividade.

É o vereador que vai atrás do voto e é o voto que vai atrás do prefeito. Agora, é momento de ouvir a população sobre seus desejos, observar o cenário, coligar, fechar alianças inteligentes e errar o mínimo possível.

Não adianta tentar pular etapas. Deve ser o início, o meio e o fim e não o início, o fim e o meio.
Neste ano, a campanha pode ter um quadro que não se via há muito tempo. Com quatro candidatos com quantidade significativa de votos, ou até mais. O marketing eleitoral este ano e a campanha em si poderá fazer a diferença. O nome que conseguir suprir a vontade popular que se anuncia sairá em vantagem. 

Aos poucos as coisas vão se acertando, as vontades particulares vão aflorando e o povo assiste a tudo com a atenção peculiar de sempre. Na campanha a coisa muda um pouco de figura, com os discursos e propostas. Até lá, muito ainda vai acontecer.

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