O empresário, proprietário da Farmácia Barros e diretor do
conselho administrativo da Credimepi, da Funcec Doctum e Acimon, e ex provedor
do hospital Margarida, Lucien Marques, resolveu colocar seu nome à disposição
do povo de João Monlevade. Se conseguir apoio da população, ele vai administrar
a cidade nos próximos quatro anos, depois da era Gustavo Prandini e PT no
poder. Na última quinta-feira, Lucien e doutor Railton (PDT) selaram a chapa
que visaria realizar um governo de coalizão, com união de partidos e pessoas.
Lucien é, talvez, a novidade destas eleições. Fora da
concorrência de cargos eletivos ou públicos até então, diferente da maioria dos
demais pré candidatos, ele surge com o perfil de um empreendedor de sucesso. A
expectativa é grande já que Lucien demonstrou ser capaz de liderar equipes e de
superar crises difíceis por onde passou. A dúvida é se ele será tão eficiente
na administração pública.
Lucien seguirá sua campanha com apoio do governador de Minas
Gerais, Antônio Anastasia e do senador Aécio Neves, além do ex prefeito Carlos
Moreira e de Teófilo Torres, presidente do PSDB local e filho do ex deputado
Mauri Torres que não pode mais pedir votos publicamente por ser conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado.
Além de Lucien Marques, velhos e fortes nomes já conhecidos
da política local pretendem disputar as eleições. Como Conceição Winter, que pode
ter apoio do ex governador Newton Cardoso. Conceição Winter (PPS) também é
outra que quer governar a cidade e pode contar com uma dobradinha que dê
trabalho aos demais concorrentes.
Ela poderia se unir a um grupo liderado por Machadão, que
tenta aglutinar várias lideranças. Machadão tenta liderar Delci Couto,
Conceição Winter e Dorinha Machado. Se conseguir, serão nomes que podem dar
muito trabalho.
Gentil Bicalho, que
foi secretário de Gustavo Prandini e tem apoio do PT. Neste caso, a chapa pode
ser puro sangue, com Laércio Ribeiro de vice. O PT argumenta que só aceitaria
ser cabeça de chapa já que o motivo de seu rompimento com o PV de Prandini no
final do mandato teria sido, segundo o partido, por não concordar em ser vice.
O PT, dessa forma, tentará descolar sua imagem do Governo Prandini.
A tentativa, porém, passa por algumas incoerências que ainda
precisam de remédio. Por exemplo, o vice de Prandini é um histórico petista,
Wilson Bastieri, que não concorda com o rompimento. Além disso, vários petistas
continuam trabalhando na Prefeitura, no Governo de Gustavo Prandini.
O município precisa,
urgentemente, de boa gestão. Tornou-se necessário e emergente traçar novos
rumos administrativos, lidar com a crise financeira e a dívida da Prefeitura
com entusiasmo e retomar o crescimento da cidade.
Inclusão social,
digital e acessibilidade
Se tem um assunto que merece atenção dos candidatos a
prefeito nas próximas eleições é a inclusão. Na campanha anterior acompanhamos
promessas de obras faraônicas que, muitas vezes, o orçamento do município de
Monlevade não seria capaz de bancar, como ficou provado agora, com mais um
governo terminando.
Assuntos, porém, que deveriam ter norteado a discussão
pública foram deixados para segundo plano. Um deles é a inclusão. Neste
aspecto, temos a inclusão social. Dezenas de famílias em Monlevade ainda vivem
em pobreza crônica, com problemas estruturais e necessidade de melhoria na
qualidade de vida e oportunidade.
O mesmo acontece com o os portadores de necessidades
especiais. A cidade ainda precisa ser melhor adequada e o preconceito deve ser
deixado de lado para que essas pessoas possam ser inseridas no mercado de
trabalho e possam viver com o mínimo de dignidade.
Por fim a inclusão digital deve ser tema do próximo governo.
Não com projetos que não funcionam, mas com a efetividade emergente que o tema
requer.
O início, o fim e o
meio
Terminadas as convenções partidárias e as coligações
começará, de fato, a campanha eleitoral. Para vereador a fórmula é prática e
simples. Desde já gastar sola de sapato. Para prefeito a coisa muda de figura.
Antes da campanha começar, ficar zanzando pela cidade afoito à procura de votos
tem pouca ou nenhuma efetividade.
É o vereador que vai atrás do voto e é o voto que vai atrás
do prefeito. Agora, é momento de ouvir a população sobre seus desejos, observar
o cenário, coligar, fechar alianças inteligentes e errar o mínimo possível.
Não adianta tentar pular etapas. Deve ser o início, o meio e
o fim e não o início, o fim e o meio.
Neste ano, a campanha pode ter um quadro que não se via há
muito tempo. Com quatro candidatos com quantidade significativa de votos, ou
até mais. O marketing eleitoral este ano e a campanha em si poderá fazer a
diferença. O nome que conseguir suprir a vontade popular que se anuncia sairá
em vantagem.
Aos poucos as coisas vão se acertando, as vontades
particulares vão aflorando e o povo assiste a tudo com a atenção peculiar de
sempre. Na campanha a coisa muda um pouco de figura, com os discursos e
propostas. Até lá, muito ainda vai acontecer.
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