Não é difícil constatar. Nunca
antes um prefeito apanhou tanto da imprensa ainda no início do mandato quanto o
tucano Teófilo Torres. Alguns vão dizer que é porque o governo decidiu
economizar e cortar os polpudos anúncios dados à imprensa. Outros que a
imprensa apenas mostra, criticamente, a realidade que escolheu mostrar. Mas o
que também chama a atenção é a reclamação e choradeira da oposição. Se não
critica, tá ruim, se critica, também.
Todo mundo sabia
O interessante disso tudo é que
todo mundo sabia que não ia ser fácil. Que o governo perderia pelo menos um ano
inteiro arrumado a casa. Até mesmo o ex assessor de governo da era Prandini,
Emerson Duarte, escreveu isso, reconhecendo que a tarefa do governo que se
estabeleceu era tão complicada, que demandaria, no mínimo, um ano.
Ajustes
Meses atrás escrevi no jornal A
Noticia que são necessários ajustes. Que realmente toda mudança requer algum
sacrifício. A parte política na Câmara e a limpeza pública melhorou. Mas, no
período, apareceu uma nova demanda e outra se mantém quase estática, com alguns
sinais de melhoria. O prefeito precisa estar motivado, participar dos
compromissos assumidos, visitar a cidade, melhorar a comunicação com o povo, aparecer
mais.
E o bolsa família em?
Lembra daquele episódio fatídico
do bolsa família? Quando um boato levou milhares de pessoas desesperadas para
os bancos, a fim de sacar o benefício? Que um monte de gente do governo Dilma e
do PT foi para as redes sociais, meios de comunicação, eventos jogar a culpa em
mentes malignas da oposição. Então... a Polícia Federal concluiu a
investigação. O resultado? Foi a Caixa Econômica Federal e não a oposição a
responsável pelo “boato”.
E agora?
À época, depois do problema,
ministros, ex presidente, atual presidente, foram correndo para os meios de
comunicação sugerir, ou mesmo atacar, a oposição. Agora, se sabe que transferiram
um erro de um órgão do governo para quem não tem esse poder, confiramos as
gafes:
“É absurdamente desumano o autor
desse boato. E é criminoso também”. Dilma Rousseff (presidente do Brasil).
“Boatos sobre o fim do bolsa
família devem ser da central de notícias da oposição”. Maria do Rosário.
(Ministra da Secretaria de Direitos Humanos).
“O Brasil tem milhões de pessoas
boas, decentes, honestas e tem gente assim. Tem gente que veio ao mundo para
fazer o mal”. (Lula, ex presidente)
“Evidentemente houve uma ação de
muita sintonia em muitos pontos do território nacional, o que pode ensejar a
avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente,
articuladamente”. José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça).
Pois é.
Credibilidade sindical
O ato denominado “Dia nacional de
lutas”, organizado por centrais sindicais, demonstrou como tais instituições
perderam terreno. E me perguntei: por quê? O que aconteceu? E a única conclusão
que me pareceu razoável é a constatação de que tais instituições arrogam que
representam setores sociais, quando, na verdade, atuam como braços de partidos
e governos.
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