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15 julho, 2013

Imprensa, oposição e governo

Não é difícil constatar. Nunca antes um prefeito apanhou tanto da imprensa ainda no início do mandato quanto o tucano Teófilo Torres. Alguns vão dizer que é porque o governo decidiu economizar e cortar os polpudos anúncios dados à imprensa. Outros que a imprensa apenas mostra, criticamente, a realidade que escolheu mostrar. Mas o que também chama a atenção é a reclamação e choradeira da oposição. Se não critica, tá ruim, se critica, também.

Todo mundo sabia
O interessante disso tudo é que todo mundo sabia que não ia ser fácil. Que o governo perderia pelo menos um ano inteiro arrumado a casa. Até mesmo o ex assessor de governo da era Prandini, Emerson Duarte, escreveu isso, reconhecendo que a tarefa do governo que se estabeleceu era tão complicada, que demandaria, no mínimo, um ano.

Ajustes
Meses atrás escrevi no jornal A Noticia que são necessários ajustes. Que realmente toda mudança requer algum sacrifício. A parte política na Câmara e a limpeza pública melhorou. Mas, no período, apareceu uma nova demanda e outra se mantém quase estática, com alguns sinais de melhoria. O prefeito precisa estar motivado, participar dos compromissos assumidos, visitar a cidade, melhorar a comunicação com o povo, aparecer mais.

E o bolsa família em?
Lembra daquele episódio fatídico do bolsa família? Quando um boato levou milhares de pessoas desesperadas para os bancos, a fim de sacar o benefício? Que um monte de gente do governo Dilma e do PT foi para as redes sociais, meios de comunicação, eventos jogar a culpa em mentes malignas da oposição. Então... a Polícia Federal concluiu a investigação. O resultado? Foi a Caixa Econômica Federal e não a oposição a responsável pelo “boato”.

E agora?
À época, depois do problema, ministros, ex presidente, atual presidente, foram correndo para os meios de comunicação sugerir, ou mesmo atacar, a oposição. Agora, se sabe que transferiram um erro de um órgão do governo para quem não tem esse poder, confiramos as gafes:

“É absurdamente desumano o autor desse boato. E é criminoso também”. Dilma Rousseff (presidente do Brasil).

“Boatos sobre o fim do bolsa família devem ser da central de notícias da oposição”. Maria do Rosário. (Ministra da Secretaria de Direitos Humanos).

“O Brasil tem milhões de pessoas boas, decentes, honestas e tem gente assim. Tem gente que veio ao mundo para fazer o mal”. (Lula, ex presidente)

“Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em muitos pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente”. José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça).

Pois é.

Credibilidade sindical

O ato denominado “Dia nacional de lutas”, organizado por centrais sindicais, demonstrou como tais instituições perderam terreno. E me perguntei: por quê? O que aconteceu? E a única conclusão que me pareceu razoável é a constatação de que tais instituições arrogam que representam setores sociais, quando, na verdade, atuam como braços de partidos e governos.  

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