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14 outubro, 2013

Eleições sempre à vista e às vezes a prazo

Não adianta; o pragmatismo eleitoral sempre disputa e conflita com o tempo dispensado pelo político com os programas ético ideológicos. Em alguns casos em maior, outros, em menor proporção. O próprio sistema força esse comportamento. É que as disputas de voto acontecem de dois em dois anos, com intervalos de quatro para cada cargo, deixado de lado o caso do Senado, quando são oito anos de mandato.

As eleições estão sempre batendo à porta e a preocupação com a vitória se faz presente em pouco tempo. Mal se acostuma com o mandato e lá está o político, de novo, em meio a uma disputa. E não tem jeito, quem dorme no tempo está vulnerável à derrota, mesmo que esse dormir represente fazer algo que considera correto ou um desejo de satisfação pessoal em prol da coletividade. Ele tem que saber dosar, buscar as alianças certas, demonstrar o seu trabalho e, claro, contar com um pouco de sorte.

Meu avô, Antônio Gonçalves, sempre gostou de usar uma frase, quando o assunto era a política. Dizia ele: “sou bom, dou sorte e Deus me ajuda”. É mais ou menos por aí. Apenas mudaria o trecho “Deus me ajuda” por trabalho certo, já que, para quem crê, Deus ajudaria a todos.      

E no meio do trabalho aparecem as alianças. Algumas previsíveis e importantes e algumas antes impensadas. Mesmo essas nem tão coerentes assim podem fazer diferença positiva. Mas algumas são um desastre. Existem exemplos de vantagens eleitorais e de fracassos ocasionados por escolhas erradas em momentos diversos.

Não precisa citar, eles estão espalhados por todos os lados. Na última eleição municipal mesmo. A dupla feminina, Conceição e Dorinha reclamou bastante da colagem do ex prefeito Prandini e de seus principais assessores à campanha delas. Mas observe que a culpa, neste caso, não do Prandini ou de seus aliados. A escolha foi delas e da campanha delas.

As queixas das duas vieram depois que a decisão já havia sido tomada e que os nomes já estavam vinculados. As conseqüências, óbvias, fizeram os números delas desabarem nas pesquisas, do início ao fim da eleição.  

É por isso que se torna importante pensar bem. Decisão tomada não adianta chorar, basta assistir, na arena dos votos, como a população sabe reagir a essas escolhas impensadas. E não adianta gastar dinheiro, nem saliva, a coisa pega igual carrapato.


Do mesmo modo, a coerência e as alianças bem pensadas, com pessoas que têm história com o município, que trabalham direitinho, que têm vínculos vantajosos, de fato, podem fazer toda diferença antes, durante e depois da disputa. As eleições estão à vista, mas é bom pensar no prazo. 

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