As eleições para deputado passadas marcaram o início de uma ruptura da população com o prefeito da época, Gustavo Prandini. As urnas deram um recado direto para o prefeito àquela época. Seus apoiados tiveram uma votação pífia e nascia ali a chance da oposição tomar o poder novamente. Algo que se concretizou com uma campanha acertada de Mauri Torres, que deu um banho de votos ao lado do apoiado Rodrigo de Castro, eleição esta da qual participei e, posteriormente, do atual prefeito Teófilo Torres, marcada por poucas promessas e muitos acertos.
O nome Torres foi bem vendido e, modéstia a parte, tenho até alguma parcela de contribuição no marketing nesta campanha, junto do Márcio, Douglas e vários colaboradores. E claro, do pessoal da rua, comandado pela Lélia, Paulo Reis, Leiza e Carlos Moreira.
Eis que surgem novas eleições. Esta ainda mais simbólica, já que o irmão do prefeito está na luta.
Pelo pouco que observo da política, tenho certeza que Tito Torres não dependerá dos votos de Monlevade para se eleger, como em outras épocas seria necessário para um candidato daqui. A força do pai já transcende as fronteiras e os apoios vêm de dezenas de cidades. Mas existe, claro, aquela vontade de vencer em casa, até mesmo para futuros acordos políticos. Galo que não manda no próprio terreiro, perde força.
Este ano, por sua vez, pode ter um efeito novo. A participação de Nozinho, com o PDT de Railton e um PT com aqueles nomes todos, mas com uma parcela da esquerda louca por um nome regional que os represente. Ainda têm os tradicionais cabos eleitorais dos Torres/Moreira, que estão se sentindo, de certa forma, traídos, pois esperavam, após tantos anos de dedicação, reconhecimento/meritocracia. Vão com tudo para campanha, pode ter certeza.
Em compensação, Mauri, mais inteligente estrategista até aqui de nossa região, vai com tudo também. Monlevade, ano que vem, deve virar um canteiro de obras. Vai, da mesma forma, recuperar algumas alianças balançadas, já que tem a simpatia e mesmo gratidão de muitas dessas pessoas. Mas a disputa local vai ser dificílima e pode influenciar muito no futuro.
Fato é que a disputa parece ser boa tanto para Monlevade, quanto para a região. Existem muitas estratégias viáveis para alcançar um trunfo que parece, hoje, impossível. Basta entender o povo.
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