O
que se viu ontem em campo sim, é só futebol. Ou falta dele, dependendo do lado
em que se analisa. Vai influenciar no resultado da eleição? Nada ou muito
pouco.
O
problema não está no futebol em si. Está no superfaturamento da Copa. Os
defensores do governo, sim eles existem, são milhões e estão fortíssimos, dizem
que a copa é um sucesso. Sucesso pra quem? Vamos refletir sobre alguns números.
Gastos
da Alemanha, nosso último carrasco, com a Copa: U$S 6 bilhões. Gastos do Brasil
US$ 40 bi. Gastos de Japão e Coreia, US$ 16 bi e África do Sul, US$ 8 bi.
Juntas, as três consumiram menos que o Brasil. E onde está este dinheiro? Em
vias? Em viadutos que caem? Em estádios?
Isso
mesmo, no bolso de políticos e empreiteiros, que se apossaram do Brasil há mais
de uma década e estão a todo momento no noticiário citados em escândalos, em
venda de nosso patrimônio e em aprovação de leis das quais são detentores de
patentes.
O
Brasil parece ter se tornado uma dinastia de um partido só. Partido esse
sustentado pelo sucesso do plano real e seus efeitos de médio prazo e pelo
programa Bolsa Família, real sustentáculo deste governo.
E a
data do 7 a 1 é histórica e simbólica não pelo vexame dentro de campo. Nossa
economia está indo para o espaço e mesmo os ganhos do plano real estão se exaurindo.
Ontem, data da fatídica derrota, foi anunciado que a inflação superou o centro
da meta, 6,5%. Mas estávamos chorando a derrota nas quatro linhas e não demos a
mínima atenção. Vamos chorar no bolso agora.
O
futebol apenas se alinhou com nossa educação, saúde, BR’s, viadutos e políticos.
Se apequenou. O zagueiro David Luis disse que queria dar alegria ao seu povo.
Não apenas vencendo no futebol que um povo tem alegria. É pensar pequeno
demais.
Sobre a seleção em si
Sabíamos que a seleção não era forte. Que a única maneira de vencer era na raça. Não deu, paciência. Fred e Hulk não entraram em campo. Felipão não levou reservas bons e, a todo tempo, dava entrevistas como se fosse o dono da verdade. Alguns destes jogadores vão ser a base da seleção nos próximos anos. Uma geração que tem Neymar e ponto. Nenhum outro craque. Mas poderia sim ter outros jogadores na lista que ajudariam: Lucas, Phelipe Coutinho, Diego Tardelli, Diego, Ronaldinho, Everton Ribeiro, Kaká, Robinho, Luis Fabiano, Patto, qualquer um desses seria melhor que Fred, Jô, Hulk e Willian. Felipão levou Henrique porque era de sua confiança, não por merecimento. Era sua seleção. Pura teimosia e egocentrismo.
Os 7 a 1 aconteceram naturalmente. Parece que a Alemanha nem mesmo se cansou. Os jogadores estavam tranquilos, se divertindo. Enquanto isso, a seleção brasileira se entreolhava assustada. Falta de liderança, falta de experiência.
Foi uma derrota incrível. Faltaram os gols de craques como Romário, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno nesta copa. Foram três jogos sem gols de atacantes. Dois jogos com gols de zagueiros e um gol de honra de um meia. Fraquíssima seleção.
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