Parece que os alertas não valeram de nada. O que era
inevitável aconteceu. Os problemas de caixa do hospital Margarida somados à
falta de plantonistas pediatras e muita má vontade da classe médica, suscitou
em um dia de pavor e risco.
No último final de semana, grávidas tiveram de ser removidas
as pressas em ambulâncias de João Monlevade para Belo Horizonte. Elas estavam
prestes a dar luz e não havia plantonistas no Margarida. A família de uma delas
chegou a ligar para médicos conhecidos, mas as respostas foram as mesmas.
Segundo a família, eles responderam que não podiam atender a paciente, pois, do
contrário, seriam obrigados a fazer o plantão.
Nenhum médico ainda se manifestou contra a declaração da
família. Mas o certo é que ao negar plantão, o profissional da medicina age
ilegalmente. Fere direitos básicos, como à vida e integridade física do
paciente e do feto. No caso ocorrido no final de semana, as mulheres e seus bebês tiveram
de trafegar a noite pela BR 381, correndo o risco de verem os partos serem
realizados precariamente dentro de uma carroceria de ambulância, em plena
rodovia da morte. O que se espera é mais bom senso da classe médica e
solidariedade. Mais que isso. Que a Justiça intervenha no caso e puna aqueles
que estão lesando a sociedade.
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