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02 fevereiro, 2012

Seremos uma comunidade de chatos



Tudo em Monlevade, ou quase tudo, é motivo de implicância. Se tem cavalgada, tem sempre um intolerante que reclama que os cavalos passam na via pública e atrapalham o trânsito por alguns dias. Se tem encontro de motoqueiros, a mesma coisa. Se tem circo, idem. Se tem festa, também.

Uma tenda colocada de um lado da calçada é motivo para um incômodo de doer a barriga. O carro de som então nem se fala. As belas moças entregando panfletos, que você pode aceitar, ou não, também são motivo de blá, blá, blá.

Acho que vou entrar nessa. Vou virar um chato de galocha. A vida foi feita para viver como num campo de concentração. Em silêncio, na mais perfeita tranqüilidade, sem alegria e nem um pouquinho de caos social.

POR FALAR NISSO...

Ontem teve uma festa no bairro José de Alencar, com direito a show da cantora Ceni Fernandes. 

Um comentário:

Fernando Fonseca Garcia disse...

É só a festa, a cavalgada ou a propaganda volante ser realizada com respeito a lei, que existe para criar a liberdade, a igualdade e etc. Não podemos confundir liberdade com libertinagem. E também não podemos inverter os valores: errado ou chato é quem infringe a lei e não quem reclama pelo seu cumprimento. Imagina, por exemplo, se todo mundo resolver usar o próprio carro para fazer propaganda volante, Imagina eu usando o meu carro pra fazer propaganda do meu escritório, você de seu site ou da rádio... Já imaginou a baderna que seria? E por falar em carro... já imaginou porque alguém pode ser proprietário de um carro e rodar com ele por onde quiser? Por que existe o direito de ir e vir e uma lei que garante o direito de propriedade, sem o qual, certamente, o mais forte se apoderaria que lhe interessasse, sem punição. Ocorre que igual ao direito de propriedade existem inúmeros outros, como o direito ao sossego, ao respeito e etc.

Um abraço.