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27 agosto, 2013

A polêmica e histórica “barganha de cargos”

João Monlevade tomou conhecimento de algo que, supostamente, já sabia. Existem indicações de vereadores para cargos comissionados no poder Executivo. Aliás, é centenária a barganha e acontece no Mundo todo. Considerado algo imoral por alguns e normal por outros, consta que algumas vezes tal artifício foi usado com fins que geraram o bem da humanidade. Abrahan Lincoln, por exemplo, concedeu cargos para deputados em seu governo nos EUA, em troca de apoio à emenda de abolição da escravatura. À época ele não tinha maioria qualificada na Câmara (House) e barganhou cargos para conseguir passar o projeto que mudou seu país e ajudou a acabar com a guerra civil.

Outros casos

Em outros casos, diferentemente, houve compra direta de votos no Legislativo, envolvendo não cargos, mas dinheiro. Isso, por sua vez, aconteceu no Brasil, recentemente. Foi no governo Lula e recebeu o nome de mensalão.

Até a oposição?

O caso se tornou público quando foi dito na Câmara que o vereador de oposição, Titó, teria solicitado cargos ao prefeito Teófilo Torres em troca de “favores” na votação de projetos. Titó não teria sido atendido, segundo a versão, e permaneceu na oposição. O vereador, por sua vez, se defende, afirmando que nunca pediu tais cargos, que não existem provas e que o assunto não merece mais atenção, pois se trata de perda de tempo e gasto de dinheiro público desnecessário debater tais questões. 

Belmar

Quem poderia ficar bem na foto com a “briga” entre o caso das indicações seria o petista Belmar Diniz – já que, diferentemente do mandato passado, hoje também é oposição e não existe registro de tais pedidos. Só que, pensando bem, fica a pergunta abaixo:

Bem na foto?

O PT, na gestão de Gustavo Prandini, foi o partido que mais conseguiu cargos dentro do governo. Belmar Diniz, à época, foi um dos designados a ser líder do prefeito na Câmara. Agora, por sua vez, é oposição e não teria indicados na Prefeitura, segundo consta até o momento. Como perguntar não ofende, no mandato passado, Belmar indicou pessoas? E, com o PT no poder, seria a mesma coisa?

Justo agora

Coincide com o momento da polêmica das indicações entre poderes, multa no valor de R$ 200 mil, indicada pelo Ministério Público ao ex prefeito Gustavo Prandini (PV). De acordo com o jornal A Noticia desta terça-feira, tal montante cobrado seria em desfavor do ex prefeito pela contratação considerada irregular de 88 servidores públicos, sem a realização de concurso.

Já dizia o sábio

Rodrigo Bentes Diniz, disse: “quem confunde crítica com ofensa é o mesmo que confunde elogio com bajulação”. Basta ver reações por aí para entender que, às vezes, falta refletir um pouquinho mais sobre o que é crítica e o que é ofensa, pode fazer um bem danado.





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