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20 agosto, 2013

Assessoria de Comunicação é relacionamento

Trabalhei na Assessoria de Comunicação da Câmara de Monlevade por um breve período. Quando anunciei minha saída, no dia seguinte, recebi propostas de uma rádio e dois jornais, o que me leva e crer que o trabalho não foi dos piores. A relevância deste comentário inicial, você entenderá ao final do texto.

Hoje leio no jornal A Noticia que existe um certo conflito entre a Assessoria de Comunicação do Governo Torres e a imprensa. A reclamação já existia nos bastidores e, pela primeira vez, foi externada por um veículo de comunicação da cidade. 

Assessoria de Comunicação é relacionamento. O assessor, por mais que ache que tenha poder, não tem nada além de capacidade privilegiada de se relacionar enquanto estiver lotado (a).  Pelo que observo, grande parte (não toda) do estresse que o prefeito afirma estar passando ao jornal é causado pela falta de comunicação ou de habilidade. 

Não estou aqui questionando competência, até porque acho que o setor está limitado. Mas é preciso entender que a imprensa não tem dever de ficar anunciando obras, feitos, programas, planos positivos, recuperação de caixa. Isso é função da publicidade. O papel da imprensa é ser crítica e questionadora. Quem entende e aceita isso, tem mais facilidade para tocar o barco. Sem publicidade e pior, sem bom relacionamento, o povo não vai ficar sabendo dos esforços e realizações do governo em plenitude.  

A Assessoria pode, porém, conseguir espaço gratuito, desde que saiba lidar com os veículos. E precisa ser uma habilidade alimentada diariamente. Vez ou outra vai apanhar mesmo, mas pode ser menos e pode-se mostrar o que está sendo feito. 

O governo passado mostrou que ficar em queda de braço com a imprensa não é o caminho das pedras. Teófilo não tem a natureza revanchista do prefeito Prandini. Sua assessoria tem de ser o seu espelho e não ele o de sua assessoria. 

Dizem que se conselho fosse bom, venderia, mas se pudesse aconselhar, chamaria já os membros da imprensa mais experientes para uma conversa franca. E chamaria também as pessoas que torcem por um governo melhor para conversar e facilitar o relacionamento. Abrir as portas. Particularmente, não gosto de serviço público. Trabalhei muito na comunicação da campanha e conheci de perto o prefeito e parte de sua equipe. Se precisar de qualquer contribuição fora, estamos aí. 

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