Trabalhei na Assessoria de Comunicação da Câmara de
Monlevade por um breve período. Quando anunciei minha saída, no dia seguinte,
recebi propostas de uma rádio e dois jornais, o que me leva e crer que o
trabalho não foi dos piores. A relevância deste comentário inicial, você entenderá ao final do texto.
Hoje leio no jornal A Noticia que existe um certo conflito
entre a Assessoria de Comunicação do Governo Torres e a imprensa. A reclamação já existia nos
bastidores e, pela primeira vez, foi externada por um veículo de comunicação da
cidade.
Assessoria de Comunicação é relacionamento. O assessor, por
mais que ache que tenha poder, não tem nada além de capacidade privilegiada de
se relacionar enquanto estiver lotado (a).
Pelo que observo, grande parte (não toda) do estresse que o prefeito
afirma estar passando ao jornal é causado pela falta de comunicação ou de habilidade.
Não estou aqui questionando competência, até porque acho que
o setor está limitado. Mas é preciso entender que a imprensa não tem dever de
ficar anunciando obras, feitos, programas, planos positivos, recuperação de
caixa. Isso é função da publicidade. O papel da imprensa é ser crítica e
questionadora. Quem entende e aceita isso, tem mais facilidade para tocar o
barco. Sem publicidade e pior, sem bom relacionamento, o povo não vai ficar
sabendo dos esforços e realizações do governo em plenitude.
A Assessoria pode, porém, conseguir espaço gratuito, desde
que saiba lidar com os veículos. E precisa ser uma habilidade alimentada
diariamente. Vez ou outra vai apanhar mesmo, mas pode ser menos e pode-se
mostrar o que está sendo feito.
O governo passado mostrou que ficar em queda de braço com a
imprensa não é o caminho das pedras. Teófilo não tem a natureza revanchista do
prefeito Prandini. Sua assessoria tem de ser o seu espelho e não ele o de sua
assessoria.
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