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20 agosto, 2013

“Não deixe a Cavalgada morrer”



Realizamos, no último final de semana, a XXV edição da Cavalgada de João Monlevade. Investimos, como no ano passado fizemos, tempo e uma quantidade de recursos financeiros considerável, já que nos dois últimos anos a Prefeitura não podia, por questões de prioridades de investimento, ajudar diretamente na realização do principal e único grande evento do nosso município. O que a gente entende– que fique claro. (Este ano a Prefeitura cedeu parque pronto para receber o evento).

Neste ano, o custo da festa girou em torno de mais de R$ 285 mil, entre cantores, estrutura, segurança, publicidade, premiação para copa de marcha e serviços diversos. Isso, depois de muita luta na queda de preços. No final, deu pra honrar com os compromissos. Ainda foram disponibilizados 1.100 cortesias, totalizando entre camarotes e ingressos para pessoas carentes, R$ 60 mil de recusa de receita. Além de bancarmos o domingo com entrada franca do próprio bolso. 

Durante todo o mês, a trancos e barrancos, fomos criticados, achincalhados por uma oposição contra tudo que se instaurou na cidade, como se estivéssemos fazendo algo errado. Como se trabalhar muito e investir fosse uma atitude absurda. 

Apesar disso, provamos, mais uma vez, que o empreendedorismo supera situações adversas. Que a vontade de fazer supera a inércia. E aí está. O Parque do Areão reaberto para a cidade, que, tirando uns gatos pingados, entende que precisamos ter nossa área de eventos, como toda cidade normal. 

Não sou a favor da Prefeitura investir valor acima do correto em eventos. Acompanhamos em nossa região algumas Prefeituras repassando a empresas valores absurdos, R$ 1 milhão, R$ 700 mil com cobrança de ingresso. Não me refiro ao valor repassado, mas pelo fato de não ser para pagar o dia com entrada franca. A Prefeitura pode e deve investir no dia que é de graça. 

No sábado, observei bem o público da Cavalgada. Neste dia, o evento foi elitizado, porque para bancar os compromissos assumidos, o ingresso fica inacessível para uma parcela mais pobre da população que não consegue pagar pelos dois dias. Por isso, ano que vem, independente de quem realizar o evento, espera-se que o município volte seus olhares para a festa. O povo tem que ter acesso. Para isso, a Prefeitura pode bancar um ou dois dias, com a entrada franca e o empresário e clube do cavalo os demais custos no dia em que será cobrado o ingresso. 

Durante toda a festa, pessoas me procuravam e diziam, “não deixem a Cavalgada morrer, a festa é boa demais”. Monlevade não vai deixar. 

Meia entrada

Um jornalista escreveu que não foi vendida a meia entrada. Mentira. A venda foi realizada a partir de sexta-feira da semana passada e transcorreu normalmente respeitando os 40%. 

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