Realizamos, no último final de semana, a XXV edição da
Cavalgada de João Monlevade. Investimos, como no ano passado fizemos, tempo e
uma quantidade de recursos financeiros considerável, já que nos dois últimos
anos a Prefeitura não podia, por questões de prioridades de investimento,
ajudar diretamente na realização do principal e único grande evento do nosso município. O
que a gente entende– que fique claro. (Este ano a Prefeitura cedeu parque pronto para receber o evento).
Neste ano, o custo da festa girou em torno de mais de R$ 285
mil, entre cantores, estrutura, segurança, publicidade, premiação para copa de
marcha e serviços diversos. Isso, depois de muita luta na queda de preços. No
final, deu pra honrar com os compromissos. Ainda foram disponibilizados 1.100
cortesias, totalizando entre camarotes e ingressos para pessoas carentes, R$ 60
mil de recusa de receita. Além de bancarmos o domingo com entrada franca do
próprio bolso.
Durante todo o mês, a trancos e barrancos, fomos criticados,
achincalhados por uma oposição contra tudo que se instaurou na cidade, como se
estivéssemos fazendo algo errado. Como se trabalhar muito e investir fosse uma
atitude absurda.
Apesar disso, provamos, mais uma vez, que o empreendedorismo
supera situações adversas. Que a vontade de fazer supera a inércia. E aí está.
O Parque do Areão reaberto para a cidade, que, tirando uns gatos pingados,
entende que precisamos ter nossa área de eventos, como toda cidade normal.
Não sou a favor da Prefeitura investir valor acima do correto
em eventos. Acompanhamos em nossa região algumas Prefeituras repassando a
empresas valores absurdos, R$ 1 milhão, R$ 700 mil com cobrança de ingresso.
Não me refiro ao valor repassado, mas pelo fato de não ser para pagar o dia com
entrada franca. A Prefeitura pode e deve investir no dia que é de graça.
No sábado, observei bem o público da Cavalgada. Neste dia, o
evento foi elitizado, porque para bancar os compromissos assumidos, o ingresso
fica inacessível para uma parcela mais pobre da população que não consegue
pagar pelos dois dias. Por isso, ano que vem, independente de quem realizar o
evento, espera-se que o município volte seus olhares para a festa. O povo tem
que ter acesso. Para isso, a Prefeitura pode bancar um ou dois dias, com a
entrada franca e o empresário e clube do cavalo os demais custos no dia em que
será cobrado o ingresso.
Durante toda a festa, pessoas me procuravam e diziam, “não
deixem a Cavalgada morrer, a festa é boa demais”. Monlevade não vai deixar.
Meia entrada
Um jornalista escreveu que não foi vendida a meia entrada. Mentira. A venda foi realizada a partir de sexta-feira da semana passada e transcorreu normalmente respeitando os 40%.
Meia entrada
Um jornalista escreveu que não foi vendida a meia entrada. Mentira. A venda foi realizada a partir de sexta-feira da semana passada e transcorreu normalmente respeitando os 40%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário