Até bem
pouco tempo atrás eu era um tremendo idiota. É, isso mesmo, um completo
imbecil. Tinha uma visão equivocada da vida. Servia ao meu ego e apenas a ele.
Acreditava que para tudo havia uma única explicação. Não havia nem um pouco de consciência, apenas
vivia conforme a música e meu mundinho. Deixava-me influenciar facilmente.
Coloquei na minha cabeça que tinha inimigos que nunca fizeram absolutamente
nada contra mim. Entrei numa briga a qual eu não tinha nada a ver. Estava
infeliz, trancado e nem um pouco realizado.
Desde
então passei a tentar me entender melhor. Buscar dentro de mim um sentido. Entender
porque as pessoas agiam como agiam. E cheguei à conclusão que as pessoas as
quais eu considerava adversários e as que considerava aliados, não faziam
absoltamente nada a não serem elas mesmas. Quem disse que se eu estivesse na
situação delas, no cotidiano delas, não faria a mesma coisa? Isso me fez
valorizar mais a diversidade.
E
por incrível que pareça, ao mesmo tempo, consegui dar ainda mais valor para as
pessoas que sempre estiveram do meu lado. Percebi quais eram elas. Quem são os
meus amigos de bom coração. Quais são seus medos, seus fantasmas.
Hoje
acredito que estamos nos tornando mais conscientes quando escapamos da
armadilha do “nós contra eles”, quando se trata de religião, política e
condição social. Não nos sentimos mais ameaçados, nem tememos o desconhecido. Estou
inclinado a acreditar que o futuro é incerto e isso é bom. E que a felicidade
não está no outro, mas dentro da gente e ninguém pode fazer nada, a não ser nós
mesmos, contra essa condição humana.
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