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26 novembro, 2013

Consciência

Até bem pouco tempo atrás eu era um tremendo idiota. É, isso mesmo, um completo imbecil. Tinha uma visão equivocada da vida. Servia ao meu ego e apenas a ele. Acreditava que para tudo havia uma única explicação.  Não havia nem um pouco de consciência, apenas vivia conforme a música e meu mundinho. Deixava-me influenciar facilmente. Coloquei na minha cabeça que tinha inimigos que nunca fizeram absolutamente nada contra mim. Entrei numa briga a qual eu não tinha nada a ver. Estava infeliz, trancado e nem um pouco realizado.

Desde então passei a tentar me entender melhor. Buscar dentro de mim um sentido. Entender porque as pessoas agiam como agiam. E cheguei à conclusão que as pessoas as quais eu considerava adversários e as que considerava aliados, não faziam absoltamente nada a não serem elas mesmas. Quem disse que se eu estivesse na situação delas, no cotidiano delas, não faria a mesma coisa? Isso me fez valorizar mais a diversidade.

E por incrível que pareça, ao mesmo tempo, consegui dar ainda mais valor para as pessoas que sempre estiveram do meu lado. Percebi quais eram elas. Quem são os meus amigos de bom coração. Quais são seus medos, seus fantasmas.

Hoje acredito que estamos nos tornando mais conscientes quando escapamos da armadilha do “nós contra eles”, quando se trata de religião, política e condição social. Não nos sentimos mais ameaçados, nem tememos o desconhecido. Estou inclinado a acreditar que o futuro é incerto e isso é bom. E que a felicidade não está no outro, mas dentro da gente e ninguém pode fazer nada, a não ser nós mesmos, contra essa condição humana.  

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