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10 dezembro, 2013

Royalties para Monlevade


Já li e ouvi muita gente dizer que a mineração já ultrapassou, em muito, o território de Bela Vista de Minas e chegou com força a Monlevade. O que se especula é que o município poderia estar arrecadando mais recursos com os royalties. Não sei se é verdade, mas a história revela que vale a pena averiguar.

Quando Carlos Moreira era prefeito, recordo-me que o então secretário da Fazenda, Delci Couto, conseguiu elevar a arrecadação consideravelmente, aprofundando-se na legislação e na forma como as terceirizadas trabalhavam e recolhiam impostos na Arcelor. Foi um salto.

Como um minerador, Delci converteu sua busca em “ouro” e o município agradeceu. Talvez a mineração seja um novo pote. Para um município que carece tanto de recursos, valeria à pena pesquisar. 

A maior das qualidades

No ano de 2012 recebi uma difícil missão. Bebia e conversava com Márcio Passos, que, na minha modesta opinião, é um dos melhores profissionais de marketing político de Minas Gerais, me pediu que eu fizesse o público chorar em um programa eleitoral de rádio. Àquela altura, eu desenvolvia o texto e planejava os personagens do primeiro horário eleitoral gratuito do candidato a prefeito por João Monlevade, Teófilo Torres, PSDB.

Quando Márcio sugeriu o desafio, pensei: “Esse cara só pode estar brincando”! Não que eu não goste de uma boa provocação, mas, por motivos óbvios. O primeiro deles: as pessoas normalmente não choram em programas eleitorais. E o segundo: como fazer o público chorar contando a história de um filho de deputado, que, teoricamente, teve tudo do bom e do melhor?

Fui para casa e naquela noite mesmo, me debrucei sobre meus textos. Refiz todo o programa e refiz de novo e de novo, até que tive uma idéia. Não basearia meu enredo em política apenas. Humanizaria o candidato. Quem é ele? Quais os problemas que enfrentou apesar da riqueza familiar? Quais as doenças que o acometeram? Como sua esposa, mãe, filha, irmãos o vêem?

Deu certo. Quando levei o áudio para as pessoas ouvirem antes de ir para o ar, foi batata. Lágrimas nos olhos. Emoção. E aquela expressão inconsciente de balançar a cabeça em aprovação. Ali começamos a ganhar a eleição. Sutil, verdadeiro e providencial.

Essa talvez seja a maior das qualidades humanas. A criatividade. É quando o ser humano, mais se aproxima de Deus. Criar significa mudar a percepção de mundo. A sua e a dos demais. Nós ainda somos privilegiados porque temos consciência do que estamos vendo, fazendo, criando. Um dom único.

O mercador de pedras

Assisti, recentemente, ao filme “O mercador de pedras”, de Harvey Keitel. Uma bela história sobre religião, terrorismo e uma trama excepcional. Recomenda-se reservar algumas horas do final de semana para curtir a obra. Outro bom filme é “Sombras de Goya”,obra prima.    


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