Já
li e ouvi muita gente dizer que a mineração já ultrapassou, em muito, o
território de Bela Vista de Minas e chegou com força a Monlevade. O que se
especula é que o município poderia estar arrecadando mais recursos com os
royalties. Não sei se é verdade, mas a história revela que vale a pena averiguar.
Quando
Carlos Moreira era prefeito, recordo-me que o então secretário da Fazenda,
Delci Couto, conseguiu elevar a arrecadação consideravelmente, aprofundando-se
na legislação e na forma como as terceirizadas trabalhavam e recolhiam impostos
na Arcelor. Foi um salto.
Como
um minerador, Delci converteu sua busca em “ouro” e o município agradeceu.
Talvez a mineração seja um novo pote. Para um município que carece tanto de
recursos, valeria à pena pesquisar.
A maior das qualidades
No
ano de 2012 recebi uma difícil missão. Bebia e conversava com Márcio Passos, que,
na minha modesta opinião, é um dos melhores profissionais de marketing político
de Minas Gerais, me pediu que eu fizesse o público chorar em um programa
eleitoral de rádio. Àquela altura, eu desenvolvia o texto e planejava os
personagens do primeiro horário eleitoral gratuito do candidato a prefeito por
João Monlevade, Teófilo Torres, PSDB.
Quando
Márcio sugeriu o desafio, pensei: “Esse cara só pode estar brincando”! Não que
eu não goste de uma boa provocação, mas, por motivos óbvios. O primeiro deles:
as pessoas normalmente não choram em programas eleitorais. E o segundo: como
fazer o público chorar contando a história de um filho de deputado, que,
teoricamente, teve tudo do bom e do melhor?
Fui
para casa e naquela noite mesmo, me debrucei sobre meus textos. Refiz todo o
programa e refiz de novo e de novo, até que tive uma idéia. Não basearia meu
enredo em política apenas. Humanizaria o candidato. Quem é ele? Quais os
problemas que enfrentou apesar da riqueza familiar? Quais as doenças que o
acometeram? Como sua esposa, mãe, filha, irmãos o vêem?
Deu
certo. Quando levei o áudio para as pessoas ouvirem antes de ir para o ar, foi
batata. Lágrimas nos olhos. Emoção. E aquela expressão inconsciente de balançar
a cabeça em aprovação. Ali começamos a ganhar a eleição. Sutil, verdadeiro e
providencial.
Essa
talvez seja a maior das qualidades humanas. A criatividade. É quando o ser
humano, mais se aproxima de Deus. Criar significa mudar a percepção de mundo. A
sua e a dos demais. Nós ainda somos privilegiados porque temos consciência do
que estamos vendo, fazendo, criando. Um dom único.
O mercador de pedras
Assisti,
recentemente, ao filme “O mercador de pedras”, de Harvey Keitel. Uma bela
história sobre religião, terrorismo e uma trama excepcional. Recomenda-se
reservar algumas horas do final de semana para curtir a obra. Outro bom filme é
“Sombras de Goya”,obra prima.
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